Tô aqui, mas parece que já desliguei por dentro faz tempo


“Não tô triste, não tô feliz… só tô existindo num modo silencioso que ninguém entende.”
Parece que minhas emoções entraram em coma e esqueceram de me avisar. Só continuo porque o corpo ainda funciona.


“Tem dias que eu nem sei se tô vivo ou só cumprindo uma rotina automática.”
Tudo parece sem gosto, sem cor, sem peso. E o pior é que esse vazio já virou familiar demais.


“Sinto que tô assistindo minha vida de fora, como quem observa um filme que não entende mais o enredo.”
Eu olho, eu participo, mas não sinto nada. Só cumpro presença enquanto o coração dorme no fundo do peito.


“As coisas me afetam, mas não doem mais como antes. Nem machucam, nem curam. Só passam.”
Talvez eu tenha me blindado tanto que agora nada mais atravessa de verdade.


“O silêncio dentro de mim grita mais alto do que qualquer coisa lá fora.”
Mas ninguém escuta, porque por fora parece calma. Por dentro, é só ausência de vida emocional.


Tô aqui, mas parece que já desliguei por dentro faz tempo

“A verdade é que eu cansei de sentir tanto, então agora não sinto nada.”

Foi o jeito que encontrei de não quebrar de vez. Me tornei gelo pra não virar caco.


“Tudo que me animava hoje só me lembra que eu já fui alguém mais vivo.”
Agora eu só tento preencher os vazios com distrações que não funcionam mais.


“As risadas são mecânicas, os encontros são forçados, e a vontade de sumir é constante.”
É como se eu estivesse cumprindo um papel que nem me representa mais.


“Já não me importo se tô certo ou errado, se tô indo bem ou fracassando.”
Nada parece importar. Só quero que os dias passem rápido e sem dor.


“Tô emocionalmente entorpecido. Não por escolha, mas por exaustão.”
Fui sentindo tanto por tanto tempo que meu corpo desligou o acesso às emoções pra me manter de pé.


“É como se eu existisse numa névoa constante onde tudo é meio morno.”
Nem tristeza profunda, nem alegria verdadeira. Só uma existência cinza e repetitiva.


“As músicas não me tocam mais, os filmes não me emocionam, os abraços não me aquecem.”
E essa desconexão me assusta mais do que qualquer dor. Porque é como se eu tivesse desaparecido de mim mesmo.


“Tô vivendo no modo ‘tanto faz’, mas lá no fundo eu só queria me sentir vivo de novo.”
Porque essa indiferença que parece proteção também me isola de tudo que ainda poderia me fazer sorrir.


“Desligar as emoções foi involuntário. Aconteceu aos poucos, depois de tanto engolir dor.”
E agora, nem sei mais como reativar o que um dia já pulsou tão forte dentro de mim.


“Não tô em paz. Só tô anestesiado. E tem uma diferença gigante entre as duas coisas.”
Porque paz é quando você sente alívio. Isso aqui é só sobrevivência emocional disfarçada de tranquilidade.


🖤 Às vezes o vazio não vem de fora. Vem do tanto que a gente sentiu e não foi acolhido.

Ficar anestesiado não é escolha. É resposta. É o que o corpo e a mente fazem quando sentir dói demais por tempo demais. Você se fecha, desliga, congela — não por frieza, mas por proteção. E o pior? Ninguém percebe. Porque o mundo só vê movimento, não intensidade. Mas você sabe o quanto já foi fundo demais, já gritou demais por dentro, já cansou de esperar que alguém notasse. Essa apatia não é indiferença. É exaustão emocional que ninguém viu chegar.

Então calma. Você não virou pedra. Você só tá se preservando do que te quebrou. E mesmo que hoje tudo pareça sem sentido, tem algo dentro ainda pedindo pra voltar a sentir. Vai devagar. Não se apresse pra “voltar ao normal”. Só se escuta. E se respeita. Porque às vezes, o primeiro passo pra sentir de novo… é aceitar que agora você não sente nada.

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