A minha queda não foi física, foi emocional.
  A minha queda não foi física, foi emocional. Ninguém viu.  Ninguém ouviu.  Porque a minha queda não fez barulho.  Não foi sangue, não foi osso quebrado, não foi sirene.  Foi silêncio.  Caí por dentro.  Em câmera lenta, me despedaçando em partes que nem eu sabia que existiam.  Foi como tropeçar em lembranças que eu escondi tão bem, mas que voltaram pra me cobrar.  Tropecei em palavras que me disseram, em promessas que acreditei, em pessoas que jurei que ficariam.  E quando percebi… já estava no chão, dentro de mim.  A queda emocional é traiçoeira.  Ela não te arranca um grito,  mas te faz perder a voz.  Ela não te faz chorar em público,  mas molha o travesseiro todas as noites.  Ela não te impede de sorrir,  mas destrói o sentido por trás do sorriso.  Você continua indo trabalhar,  responde mensagens,  posta stories sorrindo.  Mas por dentro, tá tentando lembrar como era se sentir inteiro.  E o mais irônico disso tudo?  É que muita gente só acredita na dor quando vê os hematomas. ...