O Horizonte Que Nunca Chega - Um conto sobre persistência, desilusão e a percepção de que o sentido pode ser apenas o próprio caminhar
O Horizonte Que Nunca Chega Um conto sobre persistência, desilusão e a percepção de que o sentido pode ser apenas o próprio caminhar O horizonte parecia sempre distante, como uma linha que se afastava à medida que eu avançava. Por anos, acreditei que se esforçar, agir corretamente, ser bom e justo, me aproximaria de algo maior — reconhecimento, paz, recompensa. Mas a cada passo, percebia que o mundo não funcionava assim. O horizonte continuava longe, indiferente, como se zombasse do esforço humano. Caminhei por estradas vazias, sentindo o peso de cada decisão, cada escolha correta que parecia não resultar em nada. Vi pessoas errar, trapacear, prejudicar outros, e ainda assim avançar, prosperar, sorrir. E eu, seguindo minhas convicções, colecionava cicatrizes invisíveis, pequenas derrotas, lembranças de que a justiça não é automática, nem a vida lógica. Sentei-me à beira de um penhasco, olhando para o horizonte que parecia inalcançável. Era vertigem pura, mas também clar...