Tô em todo lugar, mas nunca me sinto parte de nada


“Tô cercado de gente, mas me sinto sozinho como se estivesse no fundo do mar.”

As vozes ao redor são só ruído. Nada me atravessa de verdade. Tô presente, mas nunca incluso de fato.


“Já entrei em tantos lugares tentando me encaixar que esqueci quem eu era.”
A cada tentativa de pertencer, abri mão de mais uma parte de mim — até sobrar só um eco do que eu fui.


“Sempre tô no meio, mas nunca no centro. Nunca o escolhido, só o que completa espaço.”
As pessoas me aceitam, mas não me sentem. É como se eu fosse transparente, funcional, esquecível.


Tô em todo lugar, mas nunca me sinto parte de nada

“Eu observo mais do que participo. Rio por educação. Falo pra preencher silêncio.”

Mas minha presença nunca é essencial. Tô ali só pra não parecer vazio demais pros outros.


“É estranho como posso ser querido por todos e ainda assim me sentir sozinho.”
As conexões são rasas. As trocas são superficiais. E eu sigo sentindo que ninguém me vê de verdade.


“Tô sempre num lugar, mas nunca me sinto realmente em casa.”
Porque lugar nenhum me acolhe por inteiro. Sempre sobra uma parte minha que precisa ser escondida.


“Quando tento me encaixar, parece que tô traindo quem eu sou.”
E quando sou eu mesmo, me olham como se fosse demais, estranho, deslocado. Então fico em silêncio.


“Já me acostumei a ser o diferente. Mas isso cansa. E dói.”
Porque ser único não é glamour. É solidão. É estar num canto onde ninguém quer sentar.


“As pessoas me incluem, mas só até onde é confortável pra elas.”
Na primeira chance de profundidade, elas recuam. E eu fico ali, com as palavras entaladas na garganta.


“Cresci tentando me moldar ao ambiente. Agora não sei qual é minha forma real.”
Tanto tempo tentando caber nos outros que agora não sei onde, ou em quem, eu encaixo de verdade.


“Ser invisível é pior do que ser rejeitado.”
Pelo menos na rejeição existe reação. Na invisibilidade, você vira um detalhe — um figurante da própria vida.


“Já me disseram que sou ‘diferente demais’, como se fosse defeito.”
E a cada frase dessa, uma parte de mim quis se esconder ainda mais do mundo.


“Até quando tô rodeado, sinto um buraco dentro que nada preenche.”
Porque presença física não significa conexão. E o que eu mais queria era ser tocado de verdade, por dentro.


“Eu me adapto bem. Mas nunca sou inteiro.”
Sou um pedaço aqui, outro ali. Um personagem pra cada cenário. E o ‘eu real’ ninguém conhece de fato.


“Não sei se quero ser incluído ou só aceito do jeito que sou.”
Porque no fim, mais do que pertencer, eu só queria existir em paz, sem precisar me explicar o tempo todo.


🖤 Não pertencer não é fraqueza. Às vezes, é só ter uma alma grande demais pra caber onde todo mundo se acomoda.

O sentimento de estar sempre “por fora” machuca de um jeito sutil, mas constante. Você não é ignorado ativamente. Só nunca é totalmente bem-vindo. A vida vai criando espaços onde você entra, mas nunca se sente inteiro. 

  Mas deixa eu te falar uma coisa: Seu jeito de ser não é defeito. Sua profundidade não é exagero. Talvez só ainda não encontrou pessoas que enxerguem além da superfície. E tudo bem. Enquanto isso, se escolha. Se respeite. Se mantenha verdadeiro. Porque em algum momento, quem também sente isso vai te encontrar — e aí, o encaixe vai ser real.

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