ô vivendo no automático. Tô aqui, mas não tô.
Parece que virei funcionário da própria existência, só cumprindo tarefas que não me dizem mais nada.
“Tô presente, mas minha cabeça não tá. Tô ouvindo, mas não absorvo. Tô rindo, mas não sinto.”
E isso me assusta. Porque me tornei alguém que funciona, mas não vive.
“Parece que tô vendo minha vida acontecer, mas como espectador. Tipo um filme que não me prende mais.”
E quando me pergunto o porquê, só ouço o eco de um ‘não sei’ que me persegue todo dia.
“Tem dias que faço tudo certo, mas no fim não sinto nada. Nem orgulho, nem alívio. Só vazio.”
Como se cada conquista fosse engolida por um buraco interno que nunca se preenche.
“Me distraio pra não pensar. Me ocupo pra não sentir. Me calo pra não desabar.”
É esse o ciclo: fugir de mim mesmo, porque encarar o que sinto parece pesado demais pra uma manhã qualquer.
“Tô aqui, mas minha mente tá longe. Pensando em nada e tudo ao mesmo tempo.”
Uma confusão silenciosa que ninguém vê, mas me consome por dentro devagar.
“A cada dia que passa, parece que eu vou me perdendo um pouco mais de mim.”
E nem sei se é cansaço, trauma ou só esse estilo de vida que ensina a sobreviver, mas não a viver.
“Me acostumei tanto a fingir que tá tudo bem, que já nem sei mais o que sentir de verdade.”
A máscara grudou. E o rosto real sumiu atrás dela.
“Não lembro a última vez que algo me empolgou de verdade. Que me fez sentir vivo.”
Parece que a vida ficou em preto e branco. E ninguém notou que eu apaguei por dentro.
“Tô tão acostumado a me cobrar que já nem me dou espaço pra existir sem função.”
Ser útil virou prisão. Ser leve virou luxo.
“Tenho medo de me perguntar se tô feliz. Porque talvez a resposta doa demais.”
Então prefiro seguir fingindo que tá tudo certo. Porque parar pode desmoronar tudo.
“As coisas que antes me motivavam perderam a cor. Os planos, o brilho. Os dias, o sabor.”
E eu tô aqui, tentando me lembrar de quem eu era antes de tudo virar peso.
“Às vezes fico parado, olhando pro nada, esperando uma vontade que nunca vem.”
E isso dura minutos… ou horas. Até eu me forçar a levantar e fingir que tá tudo normal.
“Tô tão cansado de fingir naturalidade nessa vida automática que só me exige presença, mas não entrega sentido.”
Queria poder respirar sem culpa. Parar sem peso. Ser sem obrigação.
“Não quero mais ser só funcional. Quero voltar a sentir, me conectar, me reconhecer nos meus próprios dias.”
Mas pra isso, acho que vou ter que reaprender a existir — sem pressa, sem máscara, sem cobrança.
🖤 Viver no automático é sobreviver em câmera lenta. É estar ali, mas sem estar de verdade. E isso também é uma forma de dor.
A gente não percebe de uma vez. Mas aos poucos, a rotina vira script. A alma vira espectadora. E o corpo? Um repetidor de comandos sociais. Você não nasceu pra só existir. Você nasceu pra sentir. Pra viver com presença. Se hoje tá difícil, respira. Desliga um pouco do barulho. Se pergunta com carinho: “O que tá me faltando de verdade?”.
Pode ser que a resposta demore. Mas só de você olhar pra dentro, o automático começa a falhar. E nesse espaço entre uma cobrança e outra, você começa a se reencontrar. Você ainda tá aí. Mesmo que pareça desligado. Você só precisa de tempo. E de você.
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