No escuro da noite, só restam os ecos do que não foi dito
É como se todo silêncio do dia se acumulasse e explodisse quando as luzes se apagam.
“Me arrependo do que deixei passar, das coisas que engoli pra evitar conflitos.”
Mas agora, no escuro, esses arrependimentos me assombram sem pedir licença.
“As memórias não me deixam dormir; elas dançam na minha cabeça como fantasmas.”
Lembranças de erros, de amores que feriram, de oportunidades que escaparam entre os dedos.
“Gostaria de voltar no tempo só pra dizer o que meu orgulho calou.”
Mas o relógio não volta, e a culpa vira um peso que só cresce a cada madrugada.
“Falar o que sinto parece um risco, então me calo e deixo o silêncio me consumir.”
A noite vira testemunha muda dos meus conflitos internos que ninguém sabe direito.
“Eu queria pedir perdão, queria aceitar, queria seguir, mas só tenho o vazio.”
Esse vazio ecoa mais alto que qualquer palavra não dita, mais pesado que qualquer dor.
“Às vezes me pego chorando baixinho pra que ninguém ouça.”
Porque mostrar fraqueza parece proibido, e no escuro da noite, a gente desaba de verdade.
“O que ficou não cabe mais no peito, mas não cabe fora dele também.”
É um tormento preso entre o que foi e o que poderia ter sido, sempre presente quando o mundo dorme.
“No escuro, até os pensamentos mais leves viram tempestades.”
E eu fico ali, tentando navegar nesse mar de arrependimentos sem bússola.
“A noite é uma amante cruel que traz à tona tudo que a luz do dia esconde.”
Ela revela os segredos que a gente esquece de encarar, fazendo o peito apertar mais forte.
“O silêncio do quarto se enche de palavras que nunca saíram da garganta.”
E eu me pergunto quantas coisas eu deixei de dizer por medo de perder alguém que já perdi.”
“Às vezes, o maior peso é carregar o que não se falou.”
E a noite, fria e longa, só amplifica essa carga que ninguém vê, mas que eu sinto em cada suspiro.”
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