Não é falta de amor, é falta de reciprocidade
Não é falta de amor, é falta de reciprocidade
Você achou que eu não ia perceber.
Que eu ia continuar acreditando nas suas palavras soltas, nas promessas que se desfaziam no ar, como fumaça.
Mas eu vi.
Eu senti.
E doeu mais do que você imagina.
Não é que eu tenha parado de amar.
Eu ainda sinto, mas aprendi que amor não é só sentimento,
não é só aquele fogo que arde no peito.
Amor é escolha.
É estar presente quando a tempestade chega.
É cuidar mesmo quando o cansaço quer tomar conta.
É segurar a mão, mesmo quando a outra quer soltar.
Você só deu metade do que eu entreguei.
Ou menos.
Enquanto eu construía um castelo feito de paciência e esperança,
você derrubava tijolo por tijolo com silêncio e indiferença.
No começo, a gente até tenta compensar.
Acha que talvez esteja exagerando, que é só uma fase, que o outro tem seus próprios demônios pra enfrentar.
Mas a verdade que bate com força é cruel:
quando só um luta, a relação vira um campo de batalha solitário.
E a gente não percebe que está se tornando refém do próprio apego,
que aos poucos se perde de si mesmo tentando preencher o vazio do outro.
Amor unilateral cansa.
Faz a gente virar sombra daquilo que já foi.
E dói perceber que aquele brilho no olhar que um dia era seu reflexo,
agora só reflete o vazio que ficou.
Eu não quero mais ser metade de ninguém.
Quero inteiro, mesmo que isso doa, mesmo que me faça enfrentar o medo da solidão.
Porque inteiro, pelo menos, eu existo.
E quem não sabe retribuir esse inteiro,
simplesmente não merece dividir o mesmo espaço.
Aprendi a me amar na medida que aprendi a me proteger.
A colocar limites.
A recusar migalhas disfarçadas de afeto.
A entender que estar sozinho não é castigo,
é um passo necessário para reencontrar quem eu sou.
Não é falta de amor, é falta de reciprocidade.
E sem isso, nem amor sobrevive.
Por: LegendZilla.
Comentários
Postar um comentário