Quando o silêncio vira grito na madrugada
Quando o silêncio vira grito na madrugada
A noite cai, mas o peso que eu carrego não se dissolve na escuridão.
Pelo contrário: é na solidão da madrugada que tudo parece aumentar, como se o silêncio tivesse o poder de amplificar cada pedaço quebrado dentro de mim.
O mundo inteiro dorme, mas eu estou acordado, preso num labirinto de pensamentos que não me deixam respirar.
A mente roda em círculos — revivendo erros que eu já deveria ter esquecido, lembranças que deveriam estar enterradas, sentimentos que se recusam a morrer.
Cada minuto parece uma eternidade.
A saudade bate forte, aquela saudade que não tem nome, que não cabe em frases feitas, que não se cura com desculpas vazias.
É o tipo de falta que dói sem aviso, que aperta o peito, que rouba o sono.
E no meio dessa tempestade interna, a gente tenta se convencer: “Vai passar. Amanhã será diferente.”
Mas a verdade é que, às vezes, amanhã não muda nada.
A ferida continua aberta, pulsando no ritmo da nossa solidão.
Na madrugada, não tem distração que funcione.
Nem mensagem, nem música, nem série.
O vazio insiste em ocupar todo o espaço.
É quando a gente percebe que o silêncio pode ser a pior companhia.
Então eu fico aqui, ouvindo o grito do meu próprio silêncio,
esperando que a luz do dia traga um pouco de alívio,
um pouco de paz para essa mente inquieta,
para esse coração que não cansa de querer, mesmo sabendo que vai doer.
Por: LegendZilla.
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