Quando a solidão vira companhia e dói menos do que esperar

 Quando a solidão vira companhia e dói menos do que esperar


A noite cai e a solidão chega devagar, silenciosa, quase amiga.
Ela não grita, não exige, não cobra nada.
Ela simplesmente está ali, ocupando o espaço que ninguém quis preencher.

No começo, a gente tenta fugir dela.
Busca distrações, chama pessoas, faz barulho.
Mas chega um momento em que cansa.
Cansa de esperar por mensagens que nunca chegam, por encontros que nunca acontecem, por pessoas que não sabem ficar.

A solidão vira abrigo — frio, mas seguro.
Porque é melhor estar sozinho do que sentir o vazio da espera.
É melhor abraçar o silêncio do que ouvir promessas vazias.
É melhor ser só do que ser metade de alguém que nem sabe o que quer.

Mas mesmo assim dói.
Dói quando o relógio marca horas que deveriam ser compartilhadas,
dói quando a cama é grande demais pra uma pessoa só,
dói quando a mente insiste em lembrar que o que você quer não volta mais.

Essa solidão escolhida não é fácil,
mas às vezes é a única forma de se proteger.
De guardar o que sobra da gente,
de não se perder tentando caber em lugares onde nunca fomos bem-vindos.

E no silêncio da noite,
quando a saudade aperta,
a gente aprende a conviver com essa companhia dura,
esperando, no fundo, que um dia ela não precise mais ser nossa única amiga.


Por: LegendZilla.

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