Tem dias que a gente não quer melhorar, só quer entender por que dói tanto
Tem dias que a gente não quer melhorar, só quer entender por que dói tanto
Tem dias que levantar da cama parece um ato de guerra.
A gente acorda com o peso do mundo colado nas costas,
como se tudo estivesse pesado demais, até mesmo o ar.
Não é preguiça.
Não é drama.
É o cansaço acumulado de fingir que está tudo bem quando por dentro tá tudo despedaçado.
Tem dias que a gente não quer ouvir conselhos.
Não quer ouvir que tudo passa.Não quer melhorar.
Só quer entender por que dói tanto.
Por que o peito aperta mesmo quando tá tudo aparentemente em ordem.
Por que tem um vazio que mora dentro e não sai nem quando a gente tenta preencher com distrações.
E nesse silêncio interno, onde ninguém entra,
a mente começa a revisitar tudo que um dia machucou:
as palavras ditas com frieza,
os olhares desviados,
as promessas que não foram cumpridas,
as ausências não justificadas.
A gente lembra de quando acreditou demais, de quando se entregou demais.
E de como ninguém ficou.
Nesses dias, a vontade é só de deitar,
olhar pro teto,
e deixar que o tempo passe sem pressa,
sem cobrança,
sem expectativa de cura imediata.
Porque algumas dores não querem desaparecer agora.
Elas querem ser escutadas.
Querem que você pare de fugir.
Querem que você encare o que sente, mesmo que te arrebente por dentro por alguns instantes.
E tudo bem.
Sentir também é parte da cura.
Não precisa se apressar.
Não precisa ter todas as respostas agora.
Só não se abandona no meio disso tudo.
Você não precisa ser forte hoje.
Só precisa ser honesto com o que sente.
E isso, por si só, já é coragem pra caramba.
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