Conto de Halloween: A Última Noite – Assombrações e Histórias de Terror em Primeira Pessoa
Conto de Halloween: A Última Noite – Assombrações e Histórias de Terror em Primeira Pessoa
Você sempre teve uma tradição: passar a noite de Halloween sozinho em casa, com filmes de terror, doces à mão e a expectativa de visitantes fantasiados. Mas naquela noite, algo estava diferente. O ar parecia mais pesado, o vento uivava com mais intensidade e as sombras dançavam de forma estranha nas paredes iluminadas pela luz oscilante da lâmpada do corredor.
Ao abrir a porta para distribuir doces, encontrou uma criança com fantasia de esqueleto. Sua lanterna apagada refletia o nada absoluto, e seus olhos pareciam penetrar diretamente na sua alma. Ela olhou fixamente e disse, com uma voz que parecia ecoar de outro tempo: “Eu vim pela última vez.”
Intrigado e apreensivo, convidou-a para entrar. Ela sentou-se no sofá, imóvel, e recusou o doce que você ofereceu. Então fez uma pergunta que gelou sua espinha: “Você se lembra de mim?” Tentou, mas não conseguiu. A criança suspirou, triste: “Eu morri aqui, há muitos anos.”
O ar ficou gelado, a lâmpada piscou e as paredes pareceram se aproximar. Um silêncio mortal tomou a casa, e a sensação de presença se intensificou. A criança levantou-se devagar, caminhando até a porta. “Agora posso descansar”, sussurrou antes de desaparecer na escuridão.
Você fechou a porta, mas a sensação de que não estava sozinho permaneceu. Olhou para o espelho e, refletida, a imagem da criança estava lá, com a lanterna apagada, sorrindo para você. O medo não era apenas de vê-la novamente, mas de perceber que, naquela noite de Halloween, a fronteira entre o mundo dos vivos e dos mortos parecia se dissolver.
Você aprendeu, naquela madrugada, que algumas tradições têm um preço silencioso, e que Halloween, para algumas almas, não é só festa: é o momento de voltar para o que nunca deveria ter partido.
Por: LegendZilla
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