Quando a noite vira palco dos pensamentos que o dia reprime

 Quando a noite vira palco dos pensamentos que o dia reprime


A escuridão da noite traz um silêncio que não é apenas ausência de som — é uma presença que pesa, que invade, que expõe tudo o que o dia escondeu.
É nesse momento que os pensamentos ganham vida própria, que os sentimentos que foram sufocados vêm à tona com força total, deixando a mente inquieta, o coração apertado e a alma desnuda.

Durante o dia, a gente se protege com sorrisos, distrações, conversas, trabalho — qualquer coisa para não deixar o vazio aparecer.
Mas quando as luzes se apagam e a cidade silencia, não há mais como fugir de si mesmo.
Os fantasmas internos começam a sussurrar, as dúvidas se transformam em perguntas sem respostas, e o medo de encarar a própria solidão se torna real.

A noite é um palco onde encenamos nossos dramas mais íntimos,
onde as lágrimas caem silenciosas, onde as palavras não ditas ecoam alto dentro da cabeça,
onde a saudade se torna uma companhia pesada e quase palpável.

E, no meio desse turbilhão, a gente aprende a conviver com a dor,
a aceitar que nem tudo se resolve com tempo,
que a cura é lenta e cheia de recaídas,
que o silêncio nem sempre é paz.

Mas a gente persiste.
Persiste porque sabe que a madrugada também passa,
que a luz do dia traz uma nova chance,
uma nova esperança,
e que, apesar das batalhas internas, ainda há um motivo para continuar.

Porque, mesmo na escuridão, a gente pode encontrar força.
Mesmo no silêncio, pode haver um grito de resistência.


Por: LegendZilla.

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